Assim que Lara atravessou a porta de vidro da empresa naquela manhã, sentiu novamente aquele frio no estômago que só Leonardo era capaz de provocar. Os passos dela ecoavam no corredor, mas o coração parecia mais alto que qualquer som.
Havia decidido que tentaria manter distância, focar apenas no trabalho. Mas bastou abrir a porta da sala e vê-lo ali, de pé, junto à janela, para que toda sua determinação vacilasse.
Leonardo virou-se lentamente, os olhos a acompanhando como se tivesse esperado exatamente por aquele instante. O terno escuro realçava sua presença imponente, e o leve sorriso que se formou em seus lábios fez Lara engolir em seco.
— Bom dia, Lara — disse ele, com a voz grave que sempre parecia acariciar sua pele.
— Bom dia, senhor Leonardo — respondeu de maneira formal, tentando não deixar transparecer a lembrança dos beijos algumas horas atrás dentro do carro.
Ele se aproximou, passos firmes, até que a distância entre eles se tornou curta demais para ser ignorada. Lara recu