O ar da noite parecia pesado quando Lara deixou o prédio da empresa. O relógio já marcava quase oito da noite, e a avenida em frente à empresa estava mais silenciosa do que de costume. Ela suspirou, ajeitando a bolsa no ombro, com a mente ainda em turbilhão depois de tudo que acontecera entre ela e Leonardo.
Seu coração insistia em trazer de volta a sensação do beijo roubado, os toques, a intensidade que ele provocava nela. Mas havia também medo — medo do que estava acontecendo em sua vida de forma tão rápida e arrebatadora.
Enquanto esperava o semáforo de pedestres abrir, Lara teve a estranha sensação de estar sendo observada. Seus olhos percorreram os arredores, mas tudo parecia normal: alguns carros passando, um homem distraído com o celular, uma senhora atravessando mais à frente. Ainda assim, um arrepio percorreu sua nuca.
Do outro lado da rua, Leonardo saía do estacionamento da empresa. Não era coincidência. Ele havia esperado alguns minutos a mais justamente porque queria ter c