Estava ansioso. O tipo de ansiedade que aperta o peito e acelera o pulso. Nunca fiz nada assim por mulher nenhuma. Cada detalhe desse momento foi pensado nela, na forma como seus olhos se iluminam quando sorri, no jeito como morde o lábio quando fica sem graça. Mas, no fundo, o que me deixava realmente inquieto era não saber qual seria sua reação ao descobrir que ficaríamos isolados, só nós dois, longe do mundo, das distrações… de tudo.
Eu precisava desse tempo com ela. Precisava senti-la sem pressa, ouvir sua voz sem interrupções, ver aquele olhar só para mim. Queria que fosse perfeito, não por vaidade, mas porque Belinda merecia algo assim, algo real. E, ainda que eu não dissesse em voz alta, dentro de mim só havia um desejo: que, no fim, ela dissesse 'sim'.
Quando estacionei em frente à casa dela e a vi sair, o ar me faltou por um instante. O brilho em seus olhos bastou para me fazer esquecer o nervosismo. Era como se o mundo tivesse parado só para aquele momento.
Ela caminhou em m