Clara Rodrigues desde cedo conheceu o que é abandono. Desde pequena a garota foi deixada em um orfanato por seus pais, mas o destino nem sempre foi tão exigente com ela. Aos quinze anos, a garota recebeu a oportunidade de fazer um intercâmbio nos Estados Unidos e foi lá que ela conheceu Vivian, sua melhor amiga. Contudo, nem tudo é sempre um mar de flores, pois Vivian descobre uma doença que dizima a sua vida e Clara fica responsável por Valentina, a filha de seis anos da sua melhor amiga. Sem saber o que fazer, Clara resolve voltar para o Brasil, mas as dificuldades não acabam por aí. Otávio Gusmão é um importante CEO do GON VILLE HOTEL. Um homem respeitado e visado por todos, que passou por uma forte decepção amorosa. Ele prometeu nunca mais amar outra mulher na sua vida. Contudo, para não perder a posição de presidente de uma das empresas mais conceituadas do Brasil, ele decide fazer um casamento falso. Um contrato de um ano o manteria no seu cargo e traria uma estabilidade financeira para Clara. No entanto, Otávio jamais pensaria que a pequena Valentina é um fruto de um amor do seu passado. Um drama envolvente com muitas reviravoltas espera por você em UM CONTRATO DE CASAMENTO COM O MEU CHEFE.
Ler maisAlguns anos atrás...
Às vezes penso que meus pais poderiam chegar a qualquer momento me procurando, e me tirar desse orfanato.
Eu só queria entender o porquê eles não me quiseram?
Será que não sou digna de ter uma família? Fico com essa pergunta em minha mente diariamente...
Meu nome é Clara, tenho 15 anos, sou órfã, a irmã Cida é como uma mãe para mim, sempre cuidando de mim, me ensinado e falando sobre como Deus é bom mesmo eu discordando em algumas coisas, porém só guardo para mim, e que terei um futuro brilhante e serei muito feliz, foi ela quem me encontrou no portão do orfanato, disse que me deixaram eu tinha apenas 2 anos, ela me conta que meus olhos tinham um brilho que ninguém poderia apagar, e que só tinha uma carta, essa carta ela iria me entregar quando eu fizesse 18 anos, assim poderia compreender melhor o meu abandono, e eu tinha sido deixada em uma caixa com um cobertor e uma bolsa, contendo uma mamadeira, frauda descartável e uma manta com meu nome Clara!
Ela sempre me contava que eu era muito calma, gostava de ouvir sobre as aulas, e quando vinha alguém de fora contar história meus olhos sempre brilhavam, e até mesmo só em ver as crianças brincando, não brigava com outras crianças.
Quando fiz cinco anos, eu já frequentava a escola, eu sempre gostei de estudar, e até hoje sou assim! Eu me apeguei a isso em estudar para poder ter um futuro brilhante, assim como ela sempre me dizia!
Como ainda moro no orfanato, eu recebo ajuda das freiras para focar mais, e até mesmo quando tem seleção de bolsas de estudos eu foco para poder passar, fiz uma seleção para fazer intercâmbio, um dos investidores que faz doação estava disposto a arcar com os custos, só precisava passar, eu tinha estudado um mês inteiro para poder ter essa oportunidade e tinha mais três meninas, não sabia quem estava mais focada, mas essa seria uma chance para poder começar a mudar o meu futuro!
Eu divido o quarto com cinco meninas, eu gosto mais de ficar lendo quando estou no quarto, e quando as meninas começam a conversa e simplesmente me viro e tento dormir, aqui tem hora de acordar, fazer algumas atividades para ajudar as irmãs, assim como cada uma tem que deixar suas camas organizadas, não tenho muitas roupas, mas faço questão de manter tudo limpo e guardado as que têm, assim como meu material para estudar, como recebemos doação temos que zelar, porque se faltar ou quebrar não tem como por no lugar, aqui tudo é regrado, desde o café da manhã, assim como no almoço e o jantar, só temos lanche extras quando recebemos uma doação de lanches, aí é dividido para 57 crianças que moram aqui, tem bebês até meninas que já vão completar 18 anos!
Não sei nem o que pensar quando eu completar essa idade, pois sei que terei que ir embora do orfanato, por isso estudo para tentar receber uma bolsa, assim consigo me manter para ter algo melhor.
Eu sonho em poder conhecer a minha mãe, não tenho rancor dela, mas tenho muitas perguntas, queria saber se tenho irmãos, primos, tios, avós e até mesmo um pai!
É ruim ser sozinha, por mais que ao meu redor tem dezenas de pessoas, não é o mesmo de ter uma família, assim como nos filmes e até mesmo nas novelas que assisto quando as irmãs liberam.
Hoje acordei desanimada, já era para ter saído o resultado da prova que fiz, e como foram das outras vezes, me sinto uma fracassada, eu tinha me empenhado tanto, resolvo sair um pouco do quarto, pego um livro que venho lendo, é um romance de uma adolescente que se conheceram trombando um no outro, é uma comédia.
É disso que preciso.
Sigo para área que tem um jardim, me sento debaixo da árvore e fico olhando para o céu, queria tanto poder mudar de vida! Grito em pensamento olhando o céu, como se Deus pudesse me ouvir.
Volto a minha atenção para o livro, e acabo me perdendo ali na leitura, sou desperta com a irmã Ana me chamando!
— Clara! Que bom que te encontrei menina! — me assusto com ela falando, estava tão presa no livro que nem percebi ela se aproximando de mim.
— Sim, irmã Ana!
— A madre superiora quer falar com você, menina! Vamos! — Ela diz me fazendo levantar as presas, arrumo minha roupa e vou junto à irmã Ana.
Chegamos à frente da porta, a irmã b**e e espera para podermos ser liberadas para entrar! Entramos e estar a Madre com dois homens e uma mulher, eles têm uns rostos sérios.
— Essa é a Clara, minha filha, eles vieram falar sobre o resultado da prova para fazer o intercâmbio, e você passou! — A Madre diz e eu fico paralisada. Eu não consigo falar nada com a surpresa. Fico em choque por que isso realmente é muito bom— Clara, fale algo!— a Madre pede me despertando.
— E é obrigada!— falo com lágrimas nos meus olhos.
— Os procedimentos que a senhora precisa agilizar se conseguir até amanhã, preciso reserva a passagem e instrutor que levará ela e a outra aluna. — a moça diz entregando uma pasta para madre.
— Sim, as documentações da Clara já estão tudo em ordens, assim como as permissões.
— Então até amanhã, Madre, e Clara parabéns, te vejo amanhã! Me chamo Irla.
— Obrigada!— eu só consigo dizer isso, parece até um sonho! Eles saem da sala e eu fico com a irmã Ana e a Madre.
— Clara, você estar de parabéns, estou orgulhosa, você poderá estudar, e ter um futuro! A irmã Cida ficará feliz quando souber que você conseguiu!— a Madre diz.
— Obrigado Madre, por permitir que eu vá fazer intercâmbio, prometo que quando voltarei empenhada para ter um futuro!— falo empolgada.
— Eu sei minha filha, agora vá cuidar de suas coisas, pois amanhã você já viaja!— ela diz e eu me sinto nervosa, tento pensar em coisas boas, eu vou conseguir! Espero que eu consiga ver a irmã Cida antes de viajar!
Vou para meu quarto, e pego a mochila que uso quando saímos para passeio, pegos minhas poucas roupas, e alguns cadernos, e uma foto que tenho com a irmã Cida. Fico tão eufórica que nem vejo o tempo passar, somos chamadas para jantar, será meu último jantar aqui no orfanato, espero me adaptar quando eu chegar lá.
Sigo para refeitório e estão quase todos na mesa, me sirvo e vou para mesa, a Madre chega e pede atenção de todos, ela comunica sobre a minha partida para intercâmbio, recebo muitos parabéns e outros olhares de raiva, não ligo, agradeço a cada uma, e volto para terminar de jantar, fico tão ansiosa que não consigo comer tudo.
Fico um pouco mais, e antes que eu pudesse sair do refeitório a irmã Cida chega me procurando.
— Minha menina!— ela diz me abraçando, cheia de carinho.
— Eu fiquei com medo de não poder me despedir da senhora. — confesso em seus braços.
— A Madre me avisou e permitiu que eu voltasse antes para poder me despedir de você!— ela diz carinhosa.
— Eu estou com medo de não conseguir viver por lá.
— Não precisa ter medo Clara, você consegue, pense no futuro que você tanto sonha minha querida, Deus vai cuidar de você, se apegue a ele, e tudo dará certo!— ela diz sábia.
— É o que eu espero.
— Eu preciso entregar isso para você minha querida, não sei quando você voltar se ainda estarei aqui. E você já vai fazer 16 anos, já compreende as coisas. Não se apegue a mágoa ou raiva, lembre você tem um coração puro, cheio de bondade. Só abra quando você se sentir bem, para poder encarar o que estar escrito aqui. — ela diz me entregando a carta.
— Eu farei isso, e obrigada por tudo que a senhora tem feito por mim esses anos todos!— agradeço em seus braços!
Sigo para o dormitório, e fico olha do para carta que a irmã Cida me deu. Eu ainda não me sinto preparada para poder saber o porquê a minha mãe me abandonou fico com isso em minha mente acabo adormecendo...
Acordo um pouco ansiosa, minha mochila já estar arrumada, fui uma das primeiras tomar o café, a Madre já falou comigo e me explicou que eu iria ficar em uma escola e moraria nela, contendo dormida e comida, me pediu que tomasse cuidado e não confiasse em qualquer um.
Eu já estava com medo e depois dessa fiquei ainda mais. O instrutor e a moça que se chama Irla já estavam a minha espera, me despedi de algumas meninas e da Madre e a irmã Cida. Entro no carro e estar outra menina, vou o caminho todo em silêncio, olhando pela janela, e pedindo a Deus que dê tudo certo com a minha ida.
Chegamos no aeroporto, entreguei os meus documentos e eu fiquei com muito medo do avião. A moça tinha explicado que a viagem seria cansativa por conta do tempo de voo, mas que não era para me desesperar, afinal estava indo para EUA.
— Vamos marcar para sair mais tarde? — Minha amiga me pergunta empolgada por finalizar a última aula.— Hoje não vai dar, combinei de passar o dia com minha mãe e minha tia! — falo e ela revira os olhos.— Não sei como você aguenta! Aff! — Simplesmente, eu amo a minha mãe e minha tia. E não vejo nada de mais! Mas podemos marcar de ir juntas amanhã para a festa que mauricinho vai dar! — falo, a deixando animada.— Você sabe que ele está caidinho por você! Quem sabe amanhã não, role algo entre vocês!— Não sei do que você está falando, Mia! Agora preciso ir, nos falamos mais tarde! Me despeço da minha amiga e sigo para a saída da faculdade. Quando estou chegando no estacionamento. Escuto ele me chamar.— Bel! — vou confessar, tenho uma queda por ele, mas convenhamos que ele é um puto. Fica com várias, por isso ainda não dei uma chance. Sem ficarmos, ele gruda em mim, imagina se ficamos. Não quero o troféu de corna!— Oi, mauricinho!— Que tal se almoçamos juntos hoje? Sabe que você es
Alguns anos depois....Só em lembrar em tudo que passei até hoje, e só em parar para pensar, não faria diferente. O meu casamento forçado com Henry, só em lembrar a raiva que sentia ao assinar o contrato, por conta de uma homem que se dizia ser o meu pai. Não sei o por que minha mãe levou esse segredo para o caixão. Mas não sabia ela o mau que estava me fazendo.Por causa dessa mentira, fui feita como uma moeda de troca. Algo que só em lembrar me enoja, mas não posso negar que foi nesse contrato que encontrei o amor da minha vida, com aquela jeito, mandão, rude, mas que desde começo fez de tudo pela minha felicidade. Henry, se não fosse por ele, nunca conheceria o que é amor de verdade. Posso ter dado bastante trabalho no começo, com o meu jeito, mais ele conseguiu derrubar essa barreira que construir para que ninguém chegasse até o meu coração. E a prova de que me amava foi quando ele começou a pegar as minhas lutas para ser dele, como os meus irmãos! Bernardo e Bianca! Nunca serei t
Após o susto que tive com a Betina e perda de memória, isso me deixou muito estressado. Não gosto de ver como a minha mulher ficou.A sua rejeição para que eu possa ficar perto dela não estava me deixando bem. Tive que conversar com meus cunhados. Eu precisa a ver uma forma de me aproximar sem deixar agitada. E quando eu liguei para senhora Anne e ela que atendeu, era o momento de te tar conversar,e saber que ela tinha gostado dever as fotos me deixou esperançoso.Ficar com ela me deixou tranquilo, por mais que ela falava algumas coisas que ela tinha dito, eu tinha certeza que logo ela lembraria. Mas foi ao pegar no sono que me deixou feliz ao ouvir sair de sua boca, dizendo que me ama. Como sempre falou, minha vontade era de acorda lá, mas me segurei e fiquei com ela em meus braços aproveito o calor do seu corpo tranquilizando o meu coração.Mando uma mensagem para senhora Anne avisando que a Betina está bem e para avisar aos meus cunhados. E que pela manhã mande uma bolsa com as coi
Após a ligação do Henry, eu fiquei ansiosa para ele chegar, porém com medo. Eu sei que ele sabe quem sou, mais eu não sei nada. Só o que estão me falando, mas ouvir a sua voz, me acalmou quem sabe eu consiga lembrar de algo. Volto a olhar as fotos e sou desperta com a senhora Anne falando que precisa ir, no começo fiquei preocupada, mais entendi que ela queria me deixa um pouco com. Ele, por mais que mais cedo eu pedi para ficar sozinha.E não sei o que pensar ou reagir, mais ganhar o buquê de flores e chocolate tinha deixando o meu coração mais tranquilo, por que ele só queria cuidar de mim, e entre conversar, acabei perguntando o que eu gostava de fazer, eu só queria poder lembrar, só assim eu conseguiria me sentir bem por completa. Ele colocou o filme e acabei o pedindo para assistir comigo, ficar perto dele me fez sentir estranha, mais segura em seus braços eu não queria negar nada apenas tentar eu precisava me lembrar ou ficaria ainda mais frustada e cansada por não saber como ag
Tudo que estava acontecendo parecia até mesmo com um pesadelo. Estávamos tão feliz e agora minha esposa não lembra de mim. Que merda eu fiz para merecer isso? Como vou conseguir ficar longe dela?Mesmo o médico me tranquilizando isso não diz nada, tive que sair para deixar ela mais tranquila com a vó, onde sou eu que tenho que ficar com ela, cuidando tentando passar forçar, confiança. Mas ver em seu olhar frio isso me levou até o inferno. Não tendo opção volto para casa, preciso pensar de como eu posso ajudar lá a recuperar a memória, meu motorista me leva minha cabeça começa a lateja. Só de lembrar de ver os olhos da Betina frios para mim outra vez. Não gosto de ter que a deixar com sua avó, mas não queria ver a frieza que ela estava me tratando e não queria deixar alterada. E pego meu celular, e mando mensagem para avó dela explicando como seria bom ela ver algumas fotos, principalmente as mais recentes. Envio tudo e deixo uma mensagem. Só espero que dê certo. Chego me casa e os meu
Acordo com uma dor de cabeça insuportável. Tento forçar meus olhos a ficarem abertos, mas a luz me incomoda. O quarto é estranho. Frio. E, de repente, sinto um frio em minha espinha ao perceber que não estou sozinha. Levanto a meus olhos em direção ao homem, que estar perto de mim. Seu olhar me assusta. Ele parece preocupado, mas há algo nele que me faz querer me afastar. Ao seu lado, uma senhora com olhos vidrados em lágrimas. O que está acontecendo? Me pergunto.Meu peito se aperta. Eu não sei onde estou. Não sei quem são essas pessoas. E, pior... não consigo me lembrar de nada. Levo minha mão em minha cabeça para tentar aliviar a dor que estou sentindo.— Betina! _ ele diz, com a voz firme, como se esse nome devesse significar algo para mim. Mas não significa. "Betina." Esse nome soa estranho. E isso me deixa ainda mais confusa. Tento conter a minha respiração para não demonstra o que estou sentindo, logo o homem sai, e eu começo a ficar desesperada. Minhas mãos tremem ao tocarem
Último capítulo