Quando Pedro foi embora, soltei um suspiro profundo, como se meu corpo precisasse liberar todo o turbilhão de emoções que ele tinha deixado em mim. Eu tinha gostado demais da sua atitude de vir até aqui. Isso só confirmava o que, lá no fundo, eu já sabia: o sentimento era recíproco. Ele queria estar comigo tanto quanto eu queria estar com ele.
Ao entrar em casa, encontrei todos na sala, e tentei ignorar os olhares curiosos que me perfuravam.
- E aí, maninha? Finalmente vocês estão juntos? - Heitor disparou com aquele sorriso provocador que só ele sabia fazer.
- Digamos que sim - respondi, sem conseguir esconder o sorriso que denunciava tudo.
- Ele é um bom rapaz, filha! - minha mãe acrescentou, piscando um olho para mim, cúmplice, enquanto meu pai apenas escutava em silêncio, como sempre.
Resolvi encerrar o assunto antes que virasse interrogatório.
- É sim, mãe! Agora vou pro meu quarto, preciso terminar uma atividade. Boa noite, mãe, pai... chatos! - brinquei, deixando um beijo nos m