Após o banho, preparei uma mala rápida e segui com meu pai. Ele estava visivelmente animado por eu ter aceitado acompanhá-lo. Aquilo me aqueceu por dentro fazia tempo que não tínhamos esse tempo só nosso.
A verdade é que, desde sempre, eu e Heitor puxávamos muito a responsabilidade da empresa da família. Meu pai gostava de reforçar que, com dedicação, podíamos ser ainda mais fortes. Então, quando ele me chama, raramente eu recuso. Era mais do que negócios: era amor, era estar perto dele.
Como a reunião seria cedo, ele preferiu que já amanhecêssemos lá. Durante o trajeto, conversávamos sobre vários assuntos até que ele soltou a pergunta que me fez travar.
- O que você acha do Pedro?
Meu coração disparou. Será que ele desconfia? Será que percebeu alguma coisa? Tento ganhar tempo:
- Em termos de quê, pai? - pergunto, já sabendo exatamente onde ele queria chegar.
Ele me lança aquele olhar sério, firme, mas cheio de ternura.
- Eu percebi, Belinda. Desde que ele esteve em casa... vocês troc