A confusão na sala começou a diminuir. A Lena soluçava baixinho, enquanto minha tia Helô tentava acalmá-la, oferecendo palavras doces que mal eram ouvidas. O Diogo, derrotado, continuava sentado, com o rosto afundado nas mãos.
Eu fiquei de pé, sem saber direito o que fazer. Olhei para a Laura, que estava ao lado da Lena, firme e silenciosa. Ela me lançou um olhar cheio de tristeza — não de julgamento, mas de pura compaixão pela dor da Lena.
Então a Lena ergueu o rosto, os olhos ainda marejados, mas a voz saiu surpreendentemente firme:
— Diogo… eu quero que você saia daqui. — Ela falou, encarando-o sem desviar.
O silêncio que tomou a sala foi quase palpável. Diogo ergueu a cabeça lentamente, como se tivesse levado mais um golpe.
— Lena… — ele começou a dizer, mas ela levantou a mão, cortando qualquer argumento.
— Por favor. — pediu, a voz embargada, mas decidida. — Eu preciso de espaço. De paz. Vai embora.
Vi o Diogo hesitar, como se buscasse uma brecha, um argumento para