Capítulo 28

Na manhã seguinte, acordei mais tarde do que o normal. Assim que desci para o café, percebi que a casa estava silenciosa. A mesa ainda estava posta, intacta, como se ninguém tivesse passado por ali.

Me servi de uma xícara de café e me sentei, sem vontade de comer nada.

— Bom dia, dona Laura. — Rosa apareceu, me cumprimentando com seu tom sempre gentil.

Levantei o olhar para ela, sem pressa. A Rosa parecia alheia ao conflito que sua filha estava causando ao estar hospedada no casarão, mas eu não mencionaria isso. Ela era uma pessoa querida demais para que eu a colocasse no meio daquela situação.

— Como está, Rosa? Onde está todo mundo?

— Tudo tranquilo, dona Laura. A Helena saiu cedo com o Diogo, o Bernardo também foi cedo pra a fábrica.

— E a Mariana? — perguntei sem hesitar.

— Ela foi pra BH resolver algumas coisas.

Assenti, levando a xícara de café aos lábios, mas sem realmente sentir o gosto.

O nome de Mariana ainda me causava um incômodo difícil de ignorar, mas p
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