Na manhã seguinte, acordei mais tarde do que o normal. Assim que desci para o café, percebi que a casa estava silenciosa. A mesa ainda estava posta, intacta, como se ninguém tivesse passado por ali.
Me servi de uma xícara de café e me sentei, sem vontade de comer nada.
— Bom dia, dona Laura. — Rosa apareceu, me cumprimentando com seu tom sempre gentil.
Levantei o olhar para ela, sem pressa. A Rosa parecia alheia ao conflito que sua filha estava causando ao estar hospedada no casarão, mas eu não mencionaria isso. Ela era uma pessoa querida demais para que eu a colocasse no meio daquela situação.
— Como está, Rosa? Onde está todo mundo?
— Tudo tranquilo, dona Laura. A Helena saiu cedo com o Diogo, o Bernardo também foi cedo pra a fábrica.
— E a Mariana? — perguntei sem hesitar.
— Ela foi pra BH resolver algumas coisas.
Assenti, levando a xícara de café aos lábios, mas sem realmente sentir o gosto.
O nome de Mariana ainda me causava um incômodo difícil de ignorar, mas p