Peter
Após as fotos, Emma se afasta rapidamente, dizendo que quer se sentar um pouco. Acompanho-a para não parecer indiferente. É nesse instante que a vejo trocar olhares frios com a mãe. Helen, de cara fechada, aproxima-se.
— Emma, lembre-se de que ainda precisamos da dança final antes de vocês partirem para a lua de mel — diz Helen, sem sequer se dirigir a mim. — Não vai começar a fraquejar agora, certo?
Emma reage com um riso nervoso.
— Não se preocupe, mãe. Vamos manter as aparências. Eu já entendi a minha função. — Ela lança um olhar furtivo para mim antes de se virar. — Não preciso que me lembre disso a cada segundo.
Helen fica em silêncio, avaliando a filha com rigidez. E eu, espectador desse embate, sinto algo pulsar dentro de mim, uma pontada de empatia por Emma. Não sou fã de família controladora, embora a minha também tenha seus métodos de coerção. Ver Emma sendo pressionada assim me desperta uma vontade quase primitiva de rechaçar esse tipo de atitude, mas não encontro as