Emma
O salão do Metropolitan está deslumbrante, como sempre acontece no baile anual de caridade. Cristais cintilam, vestidos de grife rodopiam, taças de champanhe tilintam em brindes superficiais.
E aqui estou eu, de braço dado com meu marido, sorrindo como se meu mundo não estivesse desmoronando.
— Você está linda — Peter sussurra, e odeio como meu corpo ainda reage à sua voz.
Estou usando uma de minhas próprias criações, um vestido azul meia-noite que demorei semanas para desenhar e fazer. Antes de tudo desabar, planejava que esta noite fosse especial. Nossa primeira aparição oficial como um casal realmente apaixonado.
Que ironia.
— Não precisa fingir quando não tem ninguém por perto — murmuro de volta, mantendo o sorriso social.
— Não estou fingindo.
Antes que possa responder, minha mãe se aproxima, arrastando alguma socialite que precisa conhecer "o casal do momento".
— Emma, querida! — a mulher exclama, me analisando dos pés à cabeça. — Que vestido magnífico! É um Valentino?
— É