O mundo parecia congelar naquele momento.
O toque de Rangel era suave, sua proximidade inegável, mas meu coração estava em outro lugar, preso em memórias e sentimentos que eu ainda não tinha conseguido enterrar.
Quando seus lábios quase tocaram os meus, virei o rosto no último instante, me afastando ligeiramente dele.
Senti a respiração de Rangel contra minha pele, e isso foi suficiente para me tirar completamente do momento.
— Rangel, não! - Murmurei, dando um passo para trás, me sentindo completamente perdida —Eu... não posso!
Ele parou, claramente frustrado, mas não insistiu. Seus olhos estavam fixos nos meus, um misto de dor e determinação.
— Por quê, Luiza? Por que você continua se agarrando a alguém que não merece seu amor? -Perguntou ele com sua voz mais firme.
Eu respirei fundo, tentando organizar os pensamentos, mas as palavras saíram antes que eu pudesse filtrá-las:
—Porque ele é o pai da minha filha, Rangel. E, mesmo depois de tudo, ele ainda é... tudo o que meu co