Eu havia acabado de tomar banho. Me vesti com um roupão felpudo e sai do banheiro voltando para o quarto em seguida.
A noite estava silenciosa fora o barulho da chuva que dava para ouvir pelo tilintar da água contra o vidro.
Caminhei até lá para travar melhor as portas e ajeitei as cortinas, me virando para olhar o quarto. Naquele instante fui preenchida por uma sensação nostálgica.
Era como se eu sentisse falta de algo; quem sabe do meu antigo eu antes de tudo acontecer?
E de repente a minha mente foi preenchida pela cena do acidente dos meus pais. Os carros caídos na ponte, a noite chuvosa que me causou traumas, a fumaça em volta e os carros de bombeiros os resgatando.
Sabe o que é mais doloroso para um filho? Ter que reconhecer o corpo dos seus próprios pais. - Pensei enquanto respirava fundo.
Naquele momento, era como se a raiva tivesse me tomado de uma forma completamente insana. Caminhei até o armário do banheiro e assim que o abri, peguei uma cápsula de ansiolítico e o es