Atenção!! Esse livro tem conteúdo sensível para algumas pessoas, a temática dele beira o romance dark, se você gosta de histórias assim, esse livro é para você! Qual a distância entre amor e obsessão? Ilya Surkov sofreu perdas irreparáveis, no momento em que começa sua busca por vingança, ele se depara com a jovem e atraente Ruslana Morozova, filha de seu primeiro inimigo. Ruslana se tornou seu segundo maior objetivo, além da vingança contra aqueles que lhe causaram tanta dor. Ilya alimenta sua obsessão a cada dia, invadindo cada vez mais a vida da garota, até a situação sair do controle. Ruslana se vê como uma gatinha assustada, fugindo de um predador violento e que vai fazer de tudo para conseguir devorar sua presa. É possível que o amor possa nascer no meio de tanto ódio e vingança?
Leer másRuslana Morozova 16 anos
Moscow, 3 anos atrásMinha casa estava cheia de gente, essas pessoas estranhas que meu papa convida para suas reuniões sobre politicagem e todo tipo de merda que os cidadãos civis jamais imaginariam. Eu não tinha permissão de andar pela ala onde ficava o escritório em dias como esse, o que não fazia nenhuma diferença, eu odeio esses assuntos. Eu estava com fome e a cozinha ficava em outra parte da casa, decidi ir até lá e fazer um sanduiche noturno.Desci a escada e fiz o trajeto de sempre, a cozinha já estava vazia e com as luzes semi apagadas. Fiz um sanduiche de carne e queijo, algumas rodelas de tomate e enchi um copo de suco, em algum momento eu fiquei entediada e fui dar uma volta rápida pelo jardim, apenas sentir o vento gelado em meu rosto. Sentei-me em um dos bancos perto de umas flores e continuei comendo, sem prestar atenção em nada e ao mesmo tempo, com a mente cheia.Ouvi um barulho atrás de mim e levantei do banco as pressas, um homem estava indo até a parte lateral da casa, ele pegou o telefone e começou a dar umas informações, ele falava muito rápido e estava um pouco longe para que eu ouvisse com exatidão. Eu fui chegando perto dele, mas fui muito mal escondida porque ele parou de caminhar, eu estava bem atrás dele. O homem desligou o telefone e baixou a mão devagar, eu mal pisquei e ele já estava virado pra mim, com a arma apontada para minha cabeça. Eu gritei de susto e ele fez sinal de silêncio com o indicador.—O que está fazendo aqui? -Sua voz era grossa e rouca, ele era bem alto e forte, mas não parecia ter mais de trinta anos, o que era bem velho pra mim, eu estava ofegante e com olhos arregalados.—É minha casa —Eu sussurrei. Ele foi abaixando a arma devagar e eu senti a necessidade de dizer: -Estou no jardim.Ele apenas acenou, pegou um cigarro do bolso e acendeu. Sua voz era tão grossa e dura, ele me assustava e me fascinava ao mesmo tempo. Talvez por ser mais velho e exalar perigo. Ele soltou a fumaça no meu rosto e disse -Vá para dentro, criança. Seu pai sabe que está aqui?—Eu odeio quando me tratam como criança. Fechei a cara e soltei Posso ficar onde eu quiser. O jardim é meu. -ele soltou uma risadinha e soltou a fumaça novamente, mas dessa vez pro outro lado—Entendi, criança. Mas faça o que eu digo ou eu mesmo levo você lá pra dentro. O que você prefere? —ele soltou o cigarro no chão e pisou, um carro estacionou no nosso jardim e isso atraiu a atenção dele. —Estou mandando você ir, agora. Ninguém pode ver você aqui. Ele segurou no meu braço com força e me arrastou.—Está me machucando, eu estou na minha casa, eu faço o que eu quiser. —ele segurou na minha boca com força e me calou, eu arregalei os olhos de medo e ele sorriu disso.—É sua casa, mas a reunião é dos adultos. As coisas podem se complicar agora que meu pai e irmãos chegaram. Se você não entrar eles vão ver você e vão se interessar. Aí você vai acordar amanhã com 16 anos e um acordo de casamento. É isso o que quer? -ele ainda mantinha a mão na minha boca, eu comecei a chorar e balancei a cabeça em negação, ele diminuiu o aperto e disse:—Entre, menina. Agora.Eu fiz o que ele disse, corri para dentro de casa o mais rápido que pude, tranquei a porta de casa e esperei que algo ruim acontecesse. Mas nada veio, fiquei mais calma e fui dormir.Aos 16 anos eu não entendia que o silêncio também poderia ser um indicador de que algo estava errado. Quando o dia amanheceu, meu pai foi encontrado em seu escritório, desacordado, poucas horas depois eles disseram que ele teve uma overdose e não resistiu.Mamãe sofreu muito, eu sofri muito, por mais que minha relação com ele não fosse um conto de fadas, ele era meu pai, eu queria que ele estivesse vivo.Passei por todo aquele circo que era os enterros, muitos homens do governo estavam lá, até o presidente. Minha mente procurou pelo estranho que eu encontrei naquele dia, eu queria saber mais sobre ele, ele me assustou, me fez entrar em casa, ele insistiu para que eu entrasse, então ele sabia que meu pai estava correndo risco.E se meu pai foi assassinado? O pensamento de que essa poderia ser a verdade me deixou nervosa, procurei freneticamente por ele por vários anos, mas não o encontrei, nunca mais ouvi falar e ninguém parecia saber sobre ele. Até alguns anos mais tarde.Quando o helicóptero pousou, meu corpo inteiro se acendeu, nós faremos a nossa famosa caçada pela floresta e eu me sinto ansiosa, Ilya permaneceu em silêncio o tempo inteiro, apenas me encarando com aqueles olhos intensos. — Então... — Você corre e eu te persigo, é isso, baby. — ele falou. Balancei a cabeça em afirmação, mordi os lábios e comecei a dar passos para trás, ele continuou na frente da cabana, me encarando. Dei mais outro passo, até estar dentro da floresta. Quando olhei para trás, comecei a correr em direção às árvores, olhei para trás e meu marido ainda estava ali, olhando para mim. Somente quando eu me aprofundei na mata, ele deu um passo à frente, mas nesse momento eu já o perdi de vista. A escuridão era intensa, tudo isso contribuiu para que eu estivesse excitada antes mesmo dele chegar até mim. — Estou chegando. Aliás, o que vou ganhar se achar você? — ele perguntou. Continuei correndo, mudando de lado a cada dez ou doze metros de corrida. Parei para respirar um
Anos depois — Estou entrando.Ouvi a voz de Anton falando na sala, eu terminei de vestir meu filho mais novo, Dmitry, ele e Slav se sujaram a tarde inteira naqueles carrinhos que Ilya deu a eles. Annika e Yuri brincavam em uma casa na árvore que Ivan e Ilya foram obrigados a construir. Quando desci, meu marido estava cumprimentando o irmão, que estava segurando seu filho, Alexander, mas nós o chamávamos de pequeno Alex, o menino correu quando viu Dmitry, minha paz acabou quando Zoya passou pela porta e as juntou aos primos.Ainda me lembro da choradeira que foi quando Ayla anunciou o nome da filha, Zoya, a família inteira passou um momento de risos e lágrimas que vou lembrar para sempre.— Passei para deixar Alexander por um momento, estou indo buscar a mãe dele no trabalho. — ele explicou. — Está bem, venha jantar conosco hoje a noite. — eu chamei. Quando Anton se casou, todos nós aplaudimos de pé, ainda mais pela pessoa que ele escolheu, eu torci muito por eles, porque sei que o
Um tempo depoisIvan e Ayla estavam em minha casa, o pequeno Yuri brincava com Annika, mas havia uma grande diferença, os dois tinham uma relação de amor e ódio, sendo que uma hora brincavam juntos em paz e no outro momento já estavam trocando puxões de cabelo e tapas.Eu e Ivan falávamos sobre Anton, sobre como ele melhorou de vida depois que conheceu uma certa mulher. — Eu me preocupo com ele, porra. — Ivan disse, as mulheres estavam na varanda dos fundos e nós dois estávamos na sala, bebendo. — Ele passou quase o ano passado todo fora, eu sei que em parte ele contribuiu para a tragédia, mas não foi totalmente culpa dele. — Sim, eu também me preocupo, mas você sabe que ele está muito melhor depois dela, você sabe, Ivan... . Ivan balançou a cabeça, ele sabe de quem eu estou falando, Anton é praticamente outra pessoa e os pesadelos pararam de aparecer depois que ele se permitiu viver. — Tenho certeza que vai dar certo. — Ivan puxou um cigarro do bolso e começou a fumar, eu fiz
Ilya disse que viria comigo até a residência onde Mikhail está vivendo, ele disse que queria estar comigo quando essa conversa acontecer. Achei estranho, mas eu acabei aceitando. — Ruslana, minha filha, seja bem vinda. — ele me recebeu com um abraço. — Oi, pai! Como você está? Eu e Ilya entramos na casa e ele apontou para o sofá. — Estou bem, Jenna saiu com Marta, eu pedi que ela fizesse isso. — ele falou. — Então o assunto é sério mesmo. — eu afirmei curiosa. Ilya segurou na minha mão e então meu pai começou a falar: — Você sabe a minha história, sabe que eu perdi o grande amor da minha vida, eu te contei sobre isso, mas eu não te contei que além dela ter morrido no ataque junto com a irmã de Ilya, eu... bom, eu e seu marido trabalhamos juntos para condenar os responsáveis. — ele intercalou I olhar entre meu marido e eu. Demorou alguns segundos para eu entender o que ele estava dizendo, eu olhei para Ilya e ele balançou a cabeça em afirmação.— Mikhail entrou em contato conos
— Então, você e Mikhail se apaixonaram... Convidei meu pai e minha amiga para almoçarem conosco hoje, enquanto Mikhail brinca no sofá com meus filhos, eu e Jenna tentamos fazer uma comida por nossa própria conta. — Sabe, eu o conheci em seu casamento, me odiei por gostar e me sentir atraída pelo seu pai, nós tivemos um rápido envolvimento naquele dia, mas eu fui embora sem dizer adeus. — ela começou falando. — Parece coisa de cinema, mas eu estava vivendo minha vida tranquilamente quando simplesmente seu pai apareceu novamente. — ela riu. — E então vocês decidiram tentar? — perguntei. — Não, eu ainda fiquei confusa, mas quando Mikhail me provou que ele não perde tempo com coisas bobas, eu decidi dizer um sim para mim mesma. — ela falou. — Você sabe que eu passei por muitos problemas, não é? E sei, Jenna não teve uma vida fácil, mas agora com Mikhail eu tenho certeza que ela vai viver uma vida bem leve e tranquila. — Meu pai é incrível, você vai amar a vida ao lado dele, eu estou
Eu nem soube o que dizer, meu pai e minha amiga estão juntos. Jenna me encarou com um sorriso amarelo e Mikhail parecia ansioso pela minha resposta, como eu demorei a dizer alguma coisa, ela se adiantou: — Por favor, Lana, não fique chateada conosco... foi acontecendo desde o seu casamento e eu não consegui resistir, por favor, amiga... — dei um passo atrás, apenas para me equilibrar direito, mas isso foi mal interpretado. — Eu vou embora, Mikhail, eu disse que não era o momento certo. — NÃO. Eu só estou surpresa demais... caramba, é muita informação para assimilar assim, mas... eu não tenho direito de ficar chateada, amiga. — dei um passo a frente e a tirei dos braços dele. — Mas você é minha amiga primeiro, te conheci bem antes. – eles dois sorriram e eu a abracei novamente. — Eu só posso dizer para cuidarem bem um do outro. Amo vocês. Os dois me abraçaram e percebi que Mikhail ficou mais aliviado., eu sorri para ele porque Mikhail passou por tantas coisas ruins nos últimos ano
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