Enzo Kendrik
A tela do computador estava coberta de relatórios, pastas digitais abertas em sequência, cada uma mais pesada do que a anterior. Eu já tinha passado horas cruzando documentos, e a sensação era a de que quanto mais eu cavava no passado da Moira, mais lama eu encontrava.
“Vamos lá… vamos lá…” murmurei, rolando a página com os olhos ardendo.
Primeiro veio o dossiê do marido dela. Morto. Assassinado. O caso arquivado sem resolução até hoje. A notícia dizia apenas “tentativa de assalto”, mas os detalhes que consegui acessar em registros internos não batiam. Muitos furos, muita coisa abafada.
Depois encontrei o histórico familiar. Pe