Estava ainda em choque com o que meu pai acabara de me contar. As palavras dele ecoavam na minha cabeça como se fossem parte de um pesadelo do qual eu não conseguia acordar. Minha mãe está viva. Como assim? Depois de todos esses anos acreditando que ela tinha morrido... depois de tantas noites chorando por ela, sentindo sua ausência como um buraco que nada preenchia… ela simplesmente estava viva?
Meus pensamentos estavam embaralhados, meu peito apertado. Era como se uma avalanche de emoções tivesse caído sobre mim de uma só vez — e eu não soubesse nem por onde começar a escavar. Parte de mim queria correr, gritar, questionar tudo. Outra parte queria se encolher, esconder o rosto e simplesmente fingir que isso não estava acontecendo.
Eu não queria ter que lidar com isso agora. Não quando tudo dentro de mim exigia força, estabilidade. Eu precisava ser um porto seguro para os meus filhos, mesmo antes deles nascerem. Eles sentem o que eu sinto, e eu não podia deixar esse turbilhão me cons