Cobranças; parte 1.
— Pode entrar — disse Tyler, indicando com um discreto movimento de mão para Enzo.
Oliver adentrou o recinto com passos firmes, cumprimentando Enzo com uma cortesia contida, quase protocolar, ainda visivelmente afetado pelas declarações infelizes que o outro proferira acerca de sua esposa. Apesar do desconforto, manteve a compostura, ciente de que sua presença ali estava vinculada ao cumprimento de suas obrigações profissionais.
Enzo, por sua vez, recordando-se das palavras de Frank e munido de uma nova postura mental, levantou-se com sobriedade.
Ao estender a mão, Enzo inclinou levemente a cabeça, em um gesto calculado para indicar respeito, sem, contudo, denotar submissão. Sustentou o olhar com firmeza, mas suavizou a musculatura do rosto, permitindo que seus olhos sugerissem empatia. Em sua expressão, percebia-se algo que tangenciava a contrição, um pedido silencioso de reconciliação, ou, ao menos, a encenação dela, acompanhado de uma disposição aparente para reconstruir aquele