Cheguei à casa de Nate com o coração acelerado, cada passo pelo caminho arborizado até a porta aumentando minha determinação e meu nervosismo em igual medida.
Quando toquei a campainha, ele abriu quase imediatamente, apoiado no batente da porta, como se estivesse me esperando. Havia algo na postura dele que sugeria que ele sabia exatamente por que eu estava ali.
— Então você já sabe — disse simplesmente, sem nenhuma surpresa na voz.
— O RH me comunicou esta manhã — respondi, parando a alguns metros dele na entrada, tentando manter alguma distância física que pudesse me ajudar a manter a clareza mental. — Volto ao trabalho na segunda, mas sob supervisão.
Havia algo na postura dele que me incomodava profundamente. Muito controlado, muito preparado, como se tivesse ensaiado essa conversa na cabeça antes da minha chegada. Era a mesma máscara profissional que ele usava durante reuniões importantes, quando precisava negociar contratos complicados ou lidar com situações delicadas.
— Você que