Acordei sem saber exatamente que horas eram, apenas com a sensação de que o sono havia me abandonado completamente. A casa estava imersa num silêncio profundo, quebrado apenas pelo som distante do tráfego noturno de Londres filtrando pelas janelas. Ao meu lado, Nate dormia tranquilamente, o rosto relaxado numa expressão de paz que raramente via nele durante o dia.
Deslizei cuidadosamente para fora da cama, tentando não acordá-lo. A camisa dele, que havia pego do chão mais cedo, ficava grande demais em mim, as mangas cobrindo metade das minhas mãos e a barra chegando quase na metade das minhas coxas. Era confortável e carregava o perfume dele, uma combinação de amadeirado e algo sutilmente masculino que me deixava estranhamente tranquila.
Caminhei descalça pelos corredores da casa, aproveitando a oportunidade de observar detalhes que não havia notado durante nossas conversas tensas ou nos momentos mais intensos da noite. Havia fotografias emolduradas discretamente dispostas pelas pared