Observo encostada no batente da porta Chris trocando a fralda de Sophie com tanto cuidado que chega ser engraçado e a danadinha se diverte com o pai. As vezes me pego pensando o que teria sido de mim se Edie não tivesse me “comprado” naquele leilão, no mínimo estaria morta a essa altura.
Aquele homem, não... aqueles homens me marcaram profundamente, ainda tenho pesadelos, só que agora não tão frequentes, o medo que sentia se transformou em raiva, ódio de todos aqueles que me machucaram, e é por aquelas duas pessoas ali que vou dar o melhor de mim, quem ousar entrar no meu caminho não vai mais encontrar aquela Julie fraca, medrosa, essa Julie não existe mais.
- Branquinha – meu gostoso marido me chama.
- Oi meu amor, estava apreciando a vista – dou-lhe uma bitoca.
- E estava gostando?
- Amando, e essa pequena bagunceira?
- Fez uma bagunça na fralda, né amor? – diz colocando um par de meias nos pequenos pés elétricos de Sophie.
- Imagino – enquanto Chris termina sua árdua missão, corro