22. Desejo, Frieza e Confusão
A porta se fecha atrás de nós com um clique que ecoa pelo corredor silencioso.
Eu o encaro por um momento, só então dando um passo para trás ao perceber o que ele fez — e onde estamos.
— Você está no quarto errado — digo, mantendo a voz firme, mesmo com meu coração martelando no peito.
— Sei exatamente onde estou — ele responde, sem desviar o olhar.
O silêncio entre nós se estende, denso, carregado.
Eu, tentando entender o que ele pretendia me trazendo para cá. Ele, como se ponderasse o próximo passo.
— Afinal, o que você quer aqui, Ettore? — pergunto, quebrando o clima sufocante.
— Essa nova postura… essa confiança — ele diz, se aproximando um pouco mais. — Não esperava por isso.
— Lamento desapontá-lo, Sr. Bianchi — retruco, com uma calma que não sinto nem de longe.
— Não me desapontou — rebate, e um sorriso malicioso brinca em seus lábios. — Muito pelo contrário.
Ele dá mais um passo, e seu perfume me envolve antes que eu consiga recuar.
— Você deveria… ir — mu