Estaciono em frente à casa dos Bianchi às 11h50, exatamente dez minutos antes do horário combinado.

Aurora mexe nervosamente na bolsa ao meu lado, claramente mais tensa do que eu deveria estar.

— Relaxa, ragazza — digo, desligando o motor. — É só um almoço.

— É a minha família conhecendo oficialmente meu namorado — ela corrige, me olhando com aqueles olhos verdes cheios de ansiedade. — É diferente.

— Eles já me conhecem.

— Como seu parceiro de negócios — ela suspira. — Agora você é meu… namorado.

Entendo a diferença. Deixei de ser apenas o CEO odiado para me tornar o homem completamente apaixonado pela filha deles.

Se soubessem toda a verdade sobre quem eu sou, provavelmente não me deixariam nem pisar no jardim.

— Aurora — chamo, segurando sua mão —, vai dar tudo certo.

— Meu pai pode ser… protetor demais. Tio Max não fica atrás. Tia Giulia não tem filtro, consegue ser pior que a Emily…

— Sobrevivi a reuniões com investidores sicilianos — interrompo, brincando. — Acho que co