200. Estamos Perdidos
“Lorenzo Villani”
O trajeto até minha casa parece durar uma eternidade, mesmo com Aurora seguindo logo atrás no carro dela.
Quatro dias me controlando para não arrancar os olhos daquele maledetto. Sim, passei horas imaginando a melhor maneira de fazer isso.
Quatro noites dormindo mal, imaginando se ela estava pensando em mim ou se começava a considerar as investidas daquele idiota.
Quando finalmente chegamos e ela estaciona ao lado do meu carro, saio rapidamente para abrir a porta para ela.
— Pensei que fosse desistir no meio do caminho — confesso, pegando sua mão.
— Pensei nisso — ela admite, sorrindo. — Mas aí lembrei de como você ficou irritado hoje e… não quis que você surtasse de vez, achando que eu estava jantando com o Giovanni.
— Se você fizesse isso — murmuro, parando antes de chegarmos à porta — eu seria obrigado a estrangular o Giovanni na frente da empresa toda.
— Muito cavalheiro da sua parte — ela provoca, mas posso ver a satisfação nos olhos dela.
— Não sou cav