174. Uma Questão de Orgulho
“Lorenzo Bianchi”
Enquanto dirijo pelas ruas de Messina, ainda sinto a irritação correndo pelas minhas veias.
Primeiro: eu nem deveria ter ido àquela boate. Meus planos não tinham nada a ver com acompanhar Tiziano em nenhuma verificação de território.
Mas, além de ele ter insistido, há obrigações que não posso simplesmente ignorar. Obrigações que exigem minha presença mesmo quando eu preferiria estar em qualquer outro lugar.
E que merda de presença. Duas horas perdidas ouvindo conversas que poderiam ter sido resolvidas com uma ligação.
Mas agora, observando o carro de Pietro pelo retrovisor, admito que talvez tenha valido a pena.
Porque não consigo parar de pensar no que poderia ter acontecido se eu não estivesse lá. Se aquele bastardo tivesse conseguido arrastar Aurora para fora da boate.
— Cazzo — murmuro, parando em frente ao Oceano Blu.
Esse lugar é meu refúgio. O único em Messina onde consigo relaxar, longe da confusão e dos olhos curiosos que sempre me seguem em lugares muito mo