Depois que eles saem, Bêh volta sua atenção pra mim.
— Quer beber alguma coisa? Nego com a cabeça, eu não conseguia falar, eu só tinha vontade de chorar. — Eu amo você! Sempre amei e sempre vou amar!
Ele vai direto ao ponto, não enrola. Meu coração simplesmente para e eu não consigo segurar mais o choro.
— Não ama! Nunca amou!
Respondo em meio as lágrimas. Bêh se aproxima de mim para me abraçar, mas eu dou um passo atrás.
— Não faz isso!
Ele diz.
— Isso o que?
Pergunto.
— Não se afasta de mim!
— Você não pode me pedir isso, não pode! Você se afastou de mim, você me deixou no momento que mais precisei de você!
— Você sabe que não foi uma escolha minha, sabe que não tive opção.
— Eu não sei de nada Bernardo! A única coisa que sei foi que você me deixou, não conversou comigo, não me contou o que meu pai falou com você, não me deu nenhuma satisfação, não lutou por mim!
Eu desabafava, eu jogava pra fora tudo que estava entalado esses anos todos.
— Eu não podia, não podia P