No castelo, Lisa e Dandara estavam apreensivas. Desde a festa, quando seus companheiros apareceram, elas têm receio deles voltarem para levá-las.

— Você tem certeza que não quer encontrá-lo, Dandara?

— Ele me machucou muito, me perseguiu por ser surda e quando me transformei, me perseguiu só para me derrubar e jogar na minha cara que nunca aceitaria uma deficiente como companheira. Eu fugi, corri tanto que vim parar aqui, creio que foi a própria deusa que me trouxe, pois eu acabaria sucumbindo e morrendo na mão dele.

— Sinto muito por você, Dandara. — consolou-a Lisa, na língua de sinais. — Comigo foi diferente, porque eu saí aos cinco anos, da minha Alcateia. Na verdade, não saí, me jogaram dentro do poço das moreias. Foram várias crianças que foram jogadas lá, mas só eu sobrevivi.

— Não é justo, entende? — perguntou Dandara.

— Claro que entendo. Conhecemos bem a história de Larissa e de Mili, todas as duas foram rejeitadas por terem um problema de saúde e agora vivem bem. Nádia foi