Ele me abraçou, repentinamente:
- Eu gosto de você... E nem sei ao certo porque... Afinal, você é uma mulher completamente maluca e diferente de todas que já conheci.
Me senti acolhida. E gostei do abraço dele. Ficou nítido a falta de interesse sexual dele em mim. Talvez pudesse surgir uma amizade... Daquelas que você só é amigo quando vê a pessoa no mesmo lugar, quando se encontram coincidentemente... Passando disto, nunca se conheceram na vida.
Me afastei:
- E então... Viu sua família?
- Sim. Mas isso não chega a ser uma coisa boa. – Sorriu, parecendo distante.
- Você... Tem algum problema de relacionamento mau resolvido? – perguntei.
- Tipo o seu com o ex que morreu?
- Sim... Mas só para constar: eu não matei ele.
Ele enrugou a testa:
- Eu não cogitei isso.
- É que o desclassificado do Heitor Casanova disse com todas as letras que achava que eu matei o meu ex.
Sim, aquele que me agarrou no elevador dias atrás e eu gostei. Aliás, eu odeio ele, mas a pegada não tem igual. Acho que po