Último suspiro (II)

- Já vou avisar o médico dele. – Heitor falou, pegando o celular e fazendo a ligação.

- Não precisa... Não adianta mais. Eu não quero ficar num quarto de hospital. Minha hora chegou, Heitor.

Peguei a mão de Allan e disse:

- Você não pode falar assim. Nós precisamos de você, Casavelha.

Ele gargalhou, com dificuldade:

- Só você para me fazer rir, Babi...

- Eu sempre vou estar aqui, Allan... Sempre. Eu amo você. – Deitei minha cabeça no ombro dele.

- Ah, Babi, se você soubesse o quanto isso me faz bem... Ouvir que você me ama – a mão dele alisou meus cabelos – Sou tão grato por Deus ter colocado a filha de Bia no meu caminho. – Ele recostou a cabeça no encosto do banco. A respiração estava espaçada e parecia que puxava o ar com dificuldade.

Segui ali, com a cabeça deitada no peito dele, ouvindo seu coração bater, o corpo quente, a pele áspera. Ele havia emagrecido visivelmente nas últimas semanas.

- Sabe o que eu acho? Que fiquei na prorrogação... Cada dia a mais do que o previsto é foi
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