O medo tomava conta de mim. Achei que odiei Ryan... mas nunca deixei de amá-lo. E a prova estava ali... naqueles olhos azuis que me fitavam exatamente como os do meu filho, como o filho dele, como os do nosso Lewis, aquele que o impedi de conhecer.
Talvez ele me odiasse para sempre. Talvez a dor que lhe causei fosse grande demais para ser apagada... e mil vezes maior que a que ele me causou... porque eu lhe escondi uma vida... o sangue do seu sangue.
Mas a nossa criança ali, inocente, poderia viver para sempre sob o peso daquela mentira? Fugi de Ryan, mas seria capaz de fugir do meu próprio filho no futuro? Ele me perdoaria se quando ficasse adulto soubesse que a vida inteira amou um pai que não o concebeu... e que o privei do seu genitor e tomei a decisão por todos de que eles não seriam pai e filho?
Fechei os olhos, sentindo as lágrimas escaparem. Eu também precisava pedir perdã