Horas depois...
Com meu tênis surrado, short jeans e cropped vermelho espero no portão até o carro preto surgir virando a esquina.
Mexo nos cachos recentemente pintados.
Me pergunto o que Raoul vai achar deles assim... Porra! Não importa o que ele vai achar. Aquilo foi um sonho. Só um sonho.
Meu coração disparado ri na minha cara de acordo com o que o carro se aproxima e o rosto que conheço bem aparece na porta aberta para mim.
Não foi um sonho. Foi apenas minha mente me mostrando o que Diego quis dizer. Eu sou cega... Na verdade, era. Agora vejo claramente que a amizade já não é apenas isso faz algum tempo. Pelo menos não para mim.
Eu quero voltar a ser cega.
Por favor, todos os deuses do universo, devolvam minha cegueira.
Que inferno!
— E esse visual, a procura de namorado novo? — Raoul comenta me olhando entrar no carro.
— Por que não? — rebato de mau humor.
— Eu me lembro de alguém jurando que nunca mais namoraria e me implorando para nunca mais deixá-la se envolver com nenhum bab