RAOUL
— Fique aqui. Vou ver o que está havendo — digo colocando Carmine no chão.
— Não. — Ela agarra meu braço. — Não faremos mais nada sozinhos, você prometeu quando me pediu em casamento.
Não me lembro disso implícito no pedido.
— Pelo menos fique atrás de mim.
Carmine acena e abro a porta do banheiro devagar. É quando um bando de alunos entra correndo e gritando em completo desespero. Alguns estão sangrando.
— O que houve? — Ouço Carmine perguntar segurando o braço de um cara.
— O Kaio entrou no baile armado. Está atirando em todo mundo. — O cara responde com voz tremida.
“Ele ficou louco.”
“Eu vi nas redes sociais dele uma carta suicida.”
“Tranca a porta. Ele vai nos achar.”
Várias pessoas falam ao mesmo tempo. Carmine está assustada, segurando o meu braço com força. Nem parece que minutos atrás eu a estava fodendo gostoso nesse mesmo lugar, que a pedi em casamento do jeito mais inusitado. O caos agora é outro.
— Eu tenho que ir lá — falo.
— Você não é a prova de balas, babaca.
—