RAOUL
Ligo para Carmine mais de dez vezes. Nada.
Me pergunto se ela vai fugir depois do beijo do mesmo jeito que fugiu depois de me encontrar arrebentando o babaca do Kaio.
Ela não vai continuar nos afastando assim. Se não vai me atender, vou sem avisar. Chega de dar tempo a essa teimosa.
Como acabei de sair do banho, coloco o primeiro jeans e camiseta que encontro.
Saio da casa rapidamente, mas encontro meu pai no caminho.
— Onde pensa que vai, meu filho castigado?
Esqueci completamente do detalhe do castigo.
— Posso ver a Carmine, pai? — peço.
— Esqueceu que está de castigo?
— Não esqueci. — Droga! — Eu espero até no colégio — digo já voltando.
— Pode ir.
Eu realmente ouvi isso? Olho para ele com minha melhor expressão de “o que?”.
Ele ri. Significa que realmente deu permissão.
Começo a andar antes que mude de ideia, e ele me chama.
— Filho — olho para ele —, seja mais teimoso quando te proibirem de ter o que te faz feliz.
— Mesmo quando o senhor diz não?
— Exatamente.
Apenas sorrio