CARMINE
De longe eu vi Kaio entrando no banheiro masculino. É a primeira vez que o vejo desde o incidente lá em casa. Só de lembrar de suas ameaças me sobe a ira e nem ligo para o que vai acontecer quando entro no banheiro masculino para o confrontar.
Estranho.
Aparentemente o local está vazio. Entro mais e noto barulhos vindo de uma cabine meio aberta.
Penso em voltar. Pode ser que ele esteja transando com alguém, porém, congelo no lugar com a voz conhecida.
— Morre, seu merda!
Eu sei que não vou gostar do que vou ver, sinto isso no fundo das minhas entranhas.
— Raoul?
Ainda assim minha pernas tremulas me levam até diante da cena onde Raoul está cercado por sangue e afogando alguém na privada. E esse alguém é Kaio.
Minhas pernas perdem as forças e tudo começa a ficar embaçado...
E não vejo mais nada.
Assim que acordo encontro Raoul sentado ao meu lado em uma das cadeiras desconfortáveis da enfermaria. Ele está digitando no celular e não percebe que acordei.
Noto as coisas ao meu redo