O ar da manhã em Porto Cristal era fresco e carregado com o cheiro de orvalho. Na varanda do quarto, Olívia estava imersa em seu próprio mundo. O cavalete, segurava uma folha de papel, sobre a qual ela trabalhava em uma aquarela delicada. Pequenos potes de tinta estavam abertos sobre uma mesinha auxiliar, ao lado de seus pincéis.
Estava ilustrando um jardim, a representação de um sonho, um emaranhado etéreo de trepadeiras e flores que pareciam suspensas no ar, quase transparentes.
A inspiração chegou há algumas semanas, depois de conversar longamente com Isabel e a Amélia, Olívia estava construindo um portifólio consistente, seguindo as dicas das duas novas amigas.
- Seu traço é suave, Olívia. Nostálgico e moderno ao mesmo tempo, Amélia havia dito.
- Percebo uma sensibilidade incrível nessas poucas aquareladas antigas. Vamos explorar isso.
O acordo entre elas havia sido selado com um aperto de mãos e a promessa de Amélia começar a apresentar o trabalho de Olívia para algumas edit