Poliana pressionou firmemente os lábios.
Sim.
Na verdade, Guilherme não a havia incomodado muito. Mas para aqueles que torciam pelo fim do relacionamento entre ela e Gustavo, parecia que usavam uma lupa para observá-la.
Qualquer pequena proximidade com outro homem era o suficiente para que lhe atribuíssem o rótulo de traidora.
— Desculpe. — Disse Poliana. — Guilherme, eu estou em uma posição complicada.
— Complicada como? — Guilherme se inclinou para frente, fixando os olhos nos dela com intensidade. — Eu atrapalhei você a reatar com o Gustavo, que te traiu várias vezes sem nem sequer pedir desculpas? Poliana, me diga, por que você foi punida pelas regras da família dele?
Poliana ficou aterrorizada.
— Você viu meu corpo?
— Preciso ver? — Guilherme franziu a testa, suas órbitas levemente avermelhadas. — Você está completamente coberta pelo cheiro de remédios e sangue. Tudo vem das suas costas. Dá para ver as ataduras logo abaixo da gola. Você não parece machucada em mais