Capítulo 286
Imediatamente, o coração de Poliana disparou, mas seu rosto permaneceu impassível.

Gustavo, com os olhos sombrios e penetrantes, a observava atentamente, se fixando nas suas pálpebras fechadas.

— Não finja. Eu te vi assim que entrei.

As pálpebras de Poliana tremeram ligeiramente.

Como ele percebeu?

Gustavo continuou:

— A janela panorâmica da casa do tio refletiu você. Rápido, me dê o celular.

O coração de Poliana estava uma bagunça.

Na casa de Marcelo, o lado que dava para o rio era inteiramente feito de vidro, e à noite, se as cortinas não fossem fechadas, somado à escuridão lá fora, realmente parecia um espelho.

Ela sabia que ele tinha um olhar afiado, mas não imaginava que fosse tão preciso.

Isso, realmente, ela não esperava.

Poliana estava prestes a abrir os olhos, mas antes que pudesse, Gustavo estendeu a mão e, com o polegar e o indicador, puxou a pálpebra de um dos seus olhos para baixo.

Poliana se virou com força, tentando evitar sua mão, e puxou o cober
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