Desta vez, a ligação para o Edmar foi atendida.
A voz de Edmar soou cortês e humilde:
— Presidente Matos.
Naquele momento, Poliana, já trocada, também saiu do carro. Ela usava um belo casaco de plumas, com um estilo elegante e na cor branca como a neve.
O casaco tinha um colarinho alto e uma capucha, e a barra chegava até os seus tornozelos, cobrindo completamente o joelho machucado.
Simultaneamente, a voz de Marcelo se fez ouvir, fria e cortante:
— Onde está o Gustavo?
Poliana sentiu uma dor aguda no tornozelo e, por isso, não avançou mais, ficando encostada à porta do carro.
Agora, ela estava a pouco mais de dois metros de Marcelo, o que a permitia ouvir claramente o que se passava na linha.
Após ouvir alguns ruídos abafados, a voz tranquila de Gustavo surgiu:
— O que aconteceu, tio?
Marcelo questionou, com uma ponta de preocupação:
— Por que seu celular estava desligado?
— A bateria acabou.
Marcelo virou um pouco o corpo, e Poliana conseguiu ver o perfil do rosto dele. O homem, no