Gustavo disse, com a voz calma:
— Pode falar.
Marcelo respondeu, a voz grave e séria:
— Eu estou agora na Rodovia N, encontrei a Poli aqui. A situação dela realmente não está boa. Se a levarmos para o centro de reabilitação, isso só vai aumentar a preocupação dos nossos mais velhos. E se a deixarmos voltar sozinha para a sua casa, também não me sinto seguro. A Vic quer muito ver a Poli e até fazer um bolo com ela. Eu pensei em levá-la para minha casa. Você concorda?
Gustavo quase não hesitou antes de responder.
— Embora ainda não estejamos divorciados, a Poliana não é minha propriedade. Se ela quiser ir para algum lugar, isso não diz respeito a mim, ela é quem deve decidir.
Marcelo, porém, manteve o tom firme:
— Eu até gostaria de perguntar diretamente o que ela pensa, mas pela forma como a vejo, parece que ela se importa profundamente com a sua decisão.
Poliana sentiu uma leve inquietação dentro de si.
Era como se Marcelo, com sua voz séria, estivesse transmitindo, de forma sutil, qu