O que tinha de acontecer… Aconteceria.
Carolina já estava preparada. Apesar do coração acelerado, obrigou-se a manter a calma.
Roberto havia se casado com ela, realizara o último desejo de sua avó, dera-lhe dignidade. Só por isso, ela não via nada que não pudesse oferecer a ele.
Um dia, acreditara que a amizade estava acima de tudo… Mas aprendeu que a interpretação maldosa dos outros pode distorcer qualquer gesto de bondade ou pureza.
Matheus lhe ensinara uma lição amarga: era melhor acreditar que existem fantasmas do que confiar cegamente no afeto de um homem.
Agora, não tinha amigos nem amor, só restava a realidade imediata diante de si. Para ela, bastava viver bem cada dia… Não, cada minuto, cada segundo.
O acidente de sete anos atrás já a fizera entender: ninguém sabe o que chega primeiro, o amanhã ou o imprevisto.
O que o dia seguinte traria, como as pessoas ao seu redor agiriam… Ela não queria imaginar antes do tempo, muito menos se afligir.
Se o que Roberto queria era ela, como