Chego na recepção dois minutos depois do fim do horário de visita. Explico minha situação e nem preciso fingir desespero. Assim que boto os pés lá, sinto absolutamente tudo dentro de mim e começo a chorar copiosamente, me sentindo mais sozinha do que nunca.
Daniel aparece e me explico outra vez, em prantos. Acabam me deixando entrar. O lugar parece mais silencioso do que me lembrava, provavelmente a maioria aqui repousa em um sono profundo e sedado.
— Ele está mais estável, mais calmo, isso deve ajudá-la — Daniel comenta enquanto me guia.
— Me ajudar com o quê?
— Você passou muito tempo longe, ele achou que tinha sido abandonado.