O som da chuva batendo contra os vidros criava uma trilha sonora perfeita para aquele clima pesado, tenso e carregado de algo que nem ela e nem ele conseguiam mais controlar.
Isabela passou o restante da manhã tentando se concentrar nos relatórios da fundação, mas seu corpo insistia em lembrá-la de cada toque, cada olhar e cada palavra que Leonardo havia lhe lançado mais cedo. Era como se ele tivesse acendido algo dentro dela que agora se recusava a apagar.
Quando o relógio marcou pouco mais de três da tarde, ela decidiu ir até a sala de estar procurar um livro para tentar distrair a mente. Mas, assim que virou o corredor, deu de cara com ele.
Leonardo estava de pé, ao telefone, vestido de maneira impecável, como sempre — calça de alfaiataria, camisa branca com as mangas dobradas e alguns botões abertos, revelando parte do peito. A mão estava enfiada no bolso, e a outra segurava o celular contra o ouvido, enquanto sua voz grave soava baixa, firme, e absurdamente sexy.
Ela não queria i