Mundo ficciónIniciar sesión
Capítulos relacionados
Meu vício.
Matias puxa o homem por trás e dá um soco em seu rosto, fazendo-o cair para trás. Em seguida, Matias pega o soco inglês em seu bolso e começa a golpeá-lo até se sentir totalmente satisfeito. O sangue escorre pelo rosto do rapaz, que grita de dor a cada soco que recebe. Matias consegue claramente ouvir Susan gritar, mas está tão cheio de ódio naquele momento que nem consegue entender o que ela está dizendo para ele.Ele sente alguém tentando removê-lo de cima do homem, mas o ódio é tão grande que ele não acredita que alguém seja corajoso o suficiente para tentar tirá-lo dali. Ele dá uma cotovelada na pessoa e se sente livre novamente para continuar sua investida. Quando percebe que o homem está quase morrendo e não aguenta mais apanhar, Matias finalmente sai de cima dele, sacando sua arma para acabar de vez com o desgraçado que ameaçou sua honra.Em questão de segundos, ele vê Susan pular em sua frente. Em frações de segundos, ele fica imaginando como ela ainda teve coragem de proteger
A lei aqui é absoluta.
Matias segue o resto do caminho sem falar uma única palavra. Quando se toca, estão a caminho da mansão de Dom Rafael. Ele observa pelo retrovisor que Susan continua olhando pela janela, e agora já sabe que estão indo em direção à sua casa. Matias para o carro bem na frente da propriedade, e ela desce do carro. Ele consegue ver Dom Rafael olhar pela porta de vidro e, ao ver sua filha caminhando em direção à casa, ele se levanta rapidamente e corre para abraçá-la, enquanto olha para o lado do carro, onde Matias está, sem entender o que está acontecendo ali.— Sua menina tola! O que você fez? Como você pôde aprontar uma coisa dessas, Susan? Você sabe que, nessa família, há regras a serem cumpridas, e a lei aqui é absoluta. Eu não posso te ajudar, e muito menos impedir o que seu noivo pode fazer com você neste momento. Não pense que, dessa vez, eu poderei passar a mão por cima de você. Você acabou selando seu próprio destino, garota tola. Tudo o que eu fiz para te manter segura e salva fo
Esse não é mais o seu trabalho.
Matias olha para Dom Rafael e vê que ele está falando do fundo de seu coração. É nítido em seus olhos o compromisso que ele está afirmando naquele momento. Matias toma mais uma dose de uísque e então se despede.— Tenho que ir. Vou passar em alguns bairros para fazer as cobranças. Sei que o senhor disse que eu não deveria mais fazer essas coisas, que eu deveria cuidar apenas da Susan. Mas eu preciso disso, sabe? Para me manter vivo. Além disso, o trabalho me ajuda a carregar o estresse e a frustração. Para mim, não há vida melhor do que trabalhar para fazer isso. Então, peço que o senhor não tente me impedir de realizar o trabalho que eu tanto gosto.— Matias, esse não é mais o seu trabalho. Deixe isso para os seus homens. Você sabe que em breve se tornará chefe e não precisará mais sujar as suas mãos. Terá várias pessoas que farão isso por você sem hesitar. Eu entendo por que você quer ir até lá se envolver com pessoas insignificantes, mas por que não tira o resto do tempo de folga e
Um trabalhinho sujo.
Matias se vira de costas e aguarda pelo desgraçado que tentou enganá-lo. Após alguns minutos, dois dos capangas de Coruja aparecem trazendo o sujeito, cujas mãos estão amarradas nas costas. Ao se aproximarem de Matias, eles o colocam de joelhos aos seus pés, cientes de que não queriam ter o mesmo destino do homem chamado Esmero.— Vou perguntar apenas uma vez: onde está o meu dinheiro? Não tente ser esperto comigo, pois não vai funcionar. Estou aqui para receber o que me é devido, e não vou embora sem ele. E se você disser que não tem, já sabe o que lhe acontecerá. É melhor dar a resposta correta, a menos que queira fazer companhia ao pobre coitado envolto naquele saco preto. — Matias fala, com a pistola apontada para a cabeça do indivíduo.— Senhor, eu vou pagar. Só preciso de um tempo. Este mês gastei muito com minha esposa doente, e estou dizendo a verdade, senhor. Se quiser, pode ir até minha casa e encontrará todas as receitas médicas, comprovando os medicamentos que comprei para
O Custo da Audácia.
Susan sobe para o seu quarto bastante desolada com o que havia acontecido. Ela não imaginava que sua audácia acabaria em algo tão desesperador. Sentia que tudo o que ocorreu naquele dia foi muito intenso e, pela primeira vez em toda sua vida, havia sentido medo da morte. Para ela, isso era uma surpresa, pois nunca antes havia se sentido tão vulnerável como no dia de hoje.Quando viu Matias e olhou em seus olhos, começou a pensar que seria morta pelo seu futuro marido. Ela sabia que, com certeza, havia extrapolado de verdade, mas também não conseguia se sentir uma mulher comprometida. De forma alguma concordava com o que seu pai havia proposto para ela. Além do mais, não podia negar que aquele garçom era um verdadeiro gatinho, e isso havia chamado muito sua atenção.Só de pensar que agora o coitado estava em algum lugar todo arrebentado, e, pior de tudo, sem saber se ele conseguiria sobreviver, era desesperador para ela. Susan sabia que sempre foi bastante inconsequente e nunca pensava
Entre o Sangue e a Redenção!
Depois, o pai de Susam conversa mais um pouco e, logo após, Rafael a deixa descansar mais um pouco, enquanto vai cuidar dos seus negócios, deixando-a sozinha em seu quarto.Ela se levanta da cama e segue em direção ao banheiro para tomar um banho relaxante, pois está muito tensa e ainda pensativa com tudo o que aconteceu naquele dia. Para ela, foi informação demais.Após entrar debaixo do chuveiro e deixar a água cair sobre seus ombros, ela põe as duas mãos na parede enquanto fecha os olhos. Em sua mente, só vem a imagem de sangue e do pobre rapaz pedindo ajuda, enquanto geme em agonia. Ela se pergunta como poderá casar com um homem tão impiedoso e cruel como aquele. Toda vez que olha para os olhos dele, vê um psicopata completo e tem medo do que ele possa fazer a ela no futuro. Mas agora fica difícil, pois seu pai cultivou ainda mais simpatia por ele depois do que ele havia feito.Depois de terminar o banho, Susam sai do banheiro ainda secando o cabelo com uma toalha e se olhando no
Prisioneira do Destino!
Cassandra fica chocada com tudo o que Susam lhe fala, então resolve contar o porquê de estar ali tão cedo. Dom Rafael havia adiantado o casamento, e agora o casamento, que seria realizado em dois meses, será realizado em apenas duas semanas. Assim que Cassandra dá a notícia para Susam, ela dá dois passos para trás, colocando a mão no peito, chocada.— Como assim?! Que história é essa? O papai só pode estar ficando doido. É isso mesmo que está acontecendo? Como ele pode pegar um acontecimento que iria acontecer daqui a dois meses e adiantar para duas semanas? Ele não sabe que tudo isso precisa de um preparativo, e os convidados vão ter que vir correndo para cá? É isso mesmo?— É isso mesmo que você ouviu. Seu pai falou comigo hoje e pediu para eu adiantar tudo. Até lá, você ficará presa nesta casa, sem poder sair para lugar nenhum. Ele tem medo de que você passe dos limites novamente e, dessa vez, não tenha a mesma sorte de ontem. Então, infelizmente, eu não posso fazer nada. Tenho que
Sob o Olhar do Capô!
Desde que recebeu a mão da filha do Capô, ele vem se preparando para assumir um dos postos de maior poder na máfia, tudo o que sempre desejou. Porém, tem enfrentado grandes responsabilidades que acompanham esse compromisso. Sem contar que achava que a garota, sua futura esposa, não passava de uma pirralha inconsequente e mimada. Por Matias, ele não queria carregar esse fardo, mas, para assumir a cadeira do Capô, era necessário. Então, sabia que teria que dar conta dela e, ainda por cima, cuidar de boa parte da organização, já que seu sogro, Dom Rafael, disse que isso serviria para ele ir se acostumando à responsabilidade de ser o Capô da organização.Matias tinha um jeito próprio de lidar com as coisas. Pretendia comandar os negócios da família com mãos de ferro e não admitiria erros. Sem mencionar que ele era daqueles que acreditava que qualquer ameaça precisava ser eliminada. Era um homem de pavio curto, nunca teve medo de nada — e muito menos de ninguém. Ele acreditava que medo era
Último capítulo