O salão parecia ter ficado menor, como se as paredes se fechassem ao redor de Elise enquanto o prisioneiro lhe dirigia aquele olhar enigmático. O silêncio era tão pesado que se podia ouvir a respiração contida de todos ali.
— O que você quer dizer com isso? — A voz de Elise soou mais firme do que ela esperava. Seu coração martelava contra o peito, mas seu rosto permanecia inexpressivo.
O prisioneiro sorriu, aquele mesmo sorriso lânguido e provocador. Ele parecia se divertir com a situação, como se fosse um mestre de marionetes prestes a revelar os fios que controlavam todos os presentes.
— Ah, minha senhora, você realmente acredita que pertence à linhagem que diz carregar? — Ele inclinou a cabeça para o lado, os olhos analisando cada mínima reação dela. — Seus pais… aqueles que te criaram… não eram sangue nobre. Eram meros servos. Sua adoção foi uma jogada de conveniência.
Elise sentiu o chão se desfazer sob seus pés. Um calafrio subiu por sua espinha, e por um momento, tudo ao redor d