Christian Müller –
A princípio, achei que Laura fosse rebater o que eu disse ou questionar, mas ao invés disso, eu a ouvi soltar um suspiro profundo.
— É, eu sei. – Disse ela com um timbre baixo.
Assim que a ouvi, assenti e voltei a virar para frente.
— Ótimo.
O silêncio entre nós se alongou, carregado de tudo o que não podíamos dizer naquele instante. O cheiro sutil do perfume dela alcançou meu olfato e por um breve momento, fui transportado para um tempo que já não existia.
Talvez por isso eu não conseguia a odiar, mas algo sempre me fazia lembrar de que ela não era mais Ivy. Nem eu era o mesmo.
Eu estava na bagunça dos meus pensamentos, quando a porta da UTI se abriu.
O médico voltou, segurando a prancheta com as últimas recomendações antes do procedimento.
— Senhor Müller, senhora Stevens, vamos levá-los para a sala de preparação. Precisamos revisar os últimos detalhes e garantir que está tudo certo antes da cirurgia do Nathan.
Assim que ele falou, olhei para Laura a vendo assenti