Christian Müller –
O barulho do celular tocava insistentemente, ecoando por todo o quarto.
Eu estava deitado, com Laura alinhada no meu peito, admirando seus lindos traços, considerando ignorar aquela maldita ligação que nos atrapalhava, mas infelizmente ela não parava.
Respirei fundo e me levante, indo atender ao telefone.
Na tela, o nome "Sr. Wilians", o advogado principal do Grupo Müller, brilhava com insistência.
Franzi o cenho. Se ele estava ligando a essa hora, não era algo bom.
Atendi, levando o celular ao ouvido, enquanto Laura se ajeitava no colchão, me observando com os olhos semicerrados.
— Wilians? O que foi? — Minha voz saiu grave e arrastada de sono.
Do outro lado, a voz do advogado soou tensa, apressada:
— Senhor Müller, me desculpe pela hora, mas... precisamos que o senhor venha para a empresa. Agora. É urgente.
Minha expressão se fechou, e Laura percebeu, passando a mão em meu braço de forma reconfortante.
— O que está acontecendo? — Perguntei, a mandíbula já travada.