Laura Stevens –
O dia seguinte amanheceu... mas, dentro de mim, tudo continuava escuro.
Eu não me levantei da cama. Nem tentei. O travesseiro ainda carregava o cheiro do Christian e isso só fazia meu estômago revirar mais.
Aquela foto se repetia na minha mente como um pesadelo sem fim.
A mão dele na coxa de outra mulher.
Tão confortável.
Tão íntimo.
Tão covarde.
As horas passaram e eu não abri as cortinas. Não comi. Não respondi mensagens.
Nathan ficou o dia todo com a babá — o que doía ainda mais, porque eu sempre fiz questão de ser presença na vida dele. Mas naquele dia... eu só conseguia chorar.
Chorar e me perguntar como foi que eu não vi.
Como eu pude acreditar tanto?
Meu celular tocava em intervalos. Sempre o mesmo nome: Christian.
E eu recusava.
Ou deixava tocar até ele desistir.
O nome dele soava como veneno agora.
Me traía até no silêncio.
Me traía na lembrança das promessas que ele fez com a boca encostada na minha testa.
Não sei quanto tempo passou até ouvir passos apressad