Em um instante, todos os olhares se voltaram para Simão. Os seus olhos âmbar eram claros e transparentes, transparecendo uma expressão inocente como se não soubesse de nada.
- Diga o que viu agora pouco. - Henrique disse, cerrando os dentes e se aproximando em passadas largas. O seu rosto bonito agora estava coberto por uma sombra assustadora. Ele sabia que Simão estava agindo de propósito.
- Você realmente acha que vou ajudar você? - Simão sussurrou.
- Mentir é coisa de quem vai levar bronca dos pais, garoto. - Henrique riu friamente e o encarou de forma desdenhosa.
No rosto jovem e inexperiente de Simão, não havia nenhum sentimento de culpa por se intrometer no amor alheio.
- Você é que está velho demais, enquanto eu e a Carolina temos apenas três anos de diferença. - O jovem disse de forma provocativa.
- Ter sonhos é algo bom. - Henrique não se abalou.
- E ter confiança também é bom. – Simão respondeu.
- Simão, o que você viu? - Carolina não esperou que ele falasse e iniciou a con