CAPÍTULO 0075
Empurrei a porta do jatinho com força, puxando Katherine pela mão sem lhe dar tempo de recuar. O silêncio dela era ensurdecedor, mas eu não estava disposto a ouvir nada além do estrondo que ainda latejava em meus próprios ouvidos. A imagem de Victor rindo com ela, o som da gargalhada dela ecoando na varanda ao lado dele, me corroía como ácido.
— Sente-se. — minha voz saiu baixa, tão cortante quanto uma espada afiada.
Ela não hesitou em responder. Arfando, com os olhos faiscando de indignação, simplesmente puxou o braço com força e caiu na poltrona do lado oposto. Deu as costas para mim, cruzando os braços.
Eu respirei fundo, tentando conter o calor que subia pela minha garganta. O piloto nos olhou pelo retrovisor, mas entendeu rápido que não era hora para perguntas. Assim que a porta foi fechada, dei o sinal para decolarem. O ronco dos motores invadiu a cabine, mas nem o som das turbinas conseguiu abafar a tensão que havia entre nós.
Ela fixava os olhos na janela, mo