CAPÍTULO BÔNUS - VLAD
A fúria não vinha em ondas.
Ela era contínua. Densa. Um fogo que queimava devagar por dentro.
Quando o nome de Armando Albuquerque saiu da boca daquele desgraçado algemado, tudo fez sentido de uma vez só — rápido demais, claro demais.
O golpe, a parceria forçada, o interesse exagerado em se aproximar da Vallois… não era ambição.
Era despeito. Era pessoal.
Eu sentia minhas mãos fecharem em punhos enquanto saíamos do prédio escoltados pela polícia. Luísa caminhava ao meu lado, firme, atenta, com aquele olhar que misturava preocupação e inteligência estratégica. Eu só conseguia pensar em uma coisa: socar a cara daquele filho da puta até ele esquecer o próprio nome.
— Eu vou acabar com ele — rosnei, entrando no carro.
Luísa fechou a porta com calma demais para alguém que acabara de ouvir uma confissão daquele tamanho.
— Vlad, respira — ela disse, colocando o cinto. — Agora é a justiça que vai falar.
Eu dei uma risada curta, amarga.
— Justiça? — balancei a