CAPÍTULO 0092
A primeira coisa que senti quando acordei foi o vazio.
A cama estava fria ao meu lado, e o travesseiro ainda guardava o perfume doce misturado com um toque de gostosura que só podia ser dela. Abri os olhos devagar, deixando a claridade invadir o quarto do hotel, a medida em que soltei um grunhido em forma de riso, enterrando o rosto nas mãos.
“Droga, Vlad… você tomou um chá de Luísa.”
E que chá.
As imagens da noite passada vieram em avalanche. As unhas dela cravando nos meus ombros, a boca atrevida, o corpo quente e indomável debaixo do meu… ou em cima. Lembrei de cada gemido, de cada risada dela no meio da selvageria quando a gente quase quebrou a mesinha do quarto do hotel.
Minha cabeça me dizia que Luísa era perigosa, mas eu era amante do perigo.
Me espreguicei na cama, completamente nu, os músculos cansados, mas ainda cheios de energia guardada. Quando virei a cabeça, algo chamou minha atenção perto da poltrona.
Aquela peça pequena, quase inocente, jogada no