O quarto fervilhava a calor de pele, respiração descompassada, lençóis desalinhados que guardavam segredos recentes. O ar tinha cheiro de banho quente misturado a perfume amadeirado e pele úmida. A janela semi aberta deixava passar uma faixa de vento morno que não chegava a esfriar nada. Lila sentia os batimentos na garganta, nas pontas dos dedos, na boca. Taylor, ali tão perto, era uma presença que ocupava espaço e pensamento em igual medida.
Foi quando a porta arrebentou contra a parede.
— Cunhadinha querida, você não sabe quem… OH. MEU. DEUS! — a voz de Catarina cortou o ar, aguda, chocada e, ainda assim, perigosamente divertida.
O tempo parou.
Lila arreg